“No momento em que uma criança nasce, a mãe também nasce. Ela nunca existiu antes. A mulher existia, mas a mãe, nunca. Uma mãe é algo absolutamente novo.” (Osho)
Faz um ano que TUDO mudou completamente, o nascimento do
Bernardo transformou a nossa família, nossa casa, nossa rotina, a nossa vida!!!!
E principalmente, eu me transformei. Hoje, se olho para trás, vejo claramente outra
pessoa, uma outra Claudia, sem tantas preocupações e responsabilidades
profissionais. Sim, porque no “pacote” da maternidade vem uma grande responsabilidade.
Afinal!!!Uma vidinha está em minhas mãos…..O presente mais
importante que recebi na minha vida, o meu filho querido!!!!
Decidi escrever este post como se fosse uma retrospectiva desses nossos últimos
doze meses… Sei que vocês podem estar pensando que ficou muito longo, mas meninas não é fácil resumir um ano de tanta dedicação e tantas mudanças em poucas palavras. Juro que vale a pena dar uma lidinha aqui, talvez até vocês se identifiquem!!!!
Em outubro do
ano passado, me vi grávida depois de uma viagem ao Egito, estávamos super ansiosos pelo resultado positivo,
pois era um sonho sermos pais, e estávamos tendo a oportunidade de realiza-lo.
Consigo ainda visualizar o rostinho de ansiedade do Marcio (meu marido) esperando por
aquele resultado, ele andando de cá e para lá, subindo e descendo as escadas.
Era um dia de muito frio na Inglaterra e havia nevado a noite inteira e meu
marido me acordou as 4:30 da manhã para fazer o teste.
Como morávamos em Londres nesta época,
tomamos a decisão de realizar o parto no Brasil, assim começamos nos preparar
para a vinda ao Brasil de 3 em 3 meses para realizarmos o pré-Natal , mas é
claro que realizamos também o pré-Natal
lá na Inglaterra, pois se caso houvesse algum imprevisto teríamos toda
documentação lá em Londres.
Em dezembro, viemos ao Brasil para as festas e para fazermos o pré-Natal com o meu médico,
passei as festas exibindo uma barriga linda que começava a aparecer.
Em Janeiro, descobri que seria um
meninão. Fui fazer o ultra-som na companhia do maridão (é claro), do meu pai e
da minha mãe.
Em abril, a mudança para o Brasil nos meus atuais 7 meses de gravidez ( não
poderia viajar depois das 28 semanas de gestação, pois as companhias aéreas não
permitem o voo de gestantes depois da 28° semana de gestação sem o acompanhamento
do médico responsável).
Em maio, na fase final da
gravidez, exibi orgulhosamente meu barrigão em ensaio fotográfico.
Em Junho, a chegada mais do que
esperada do Bernardo, ele chegou no dia
08/08/2012. Foi em uma sexta-feira as 7:19 da manhã em um feriado de Corpus
Christi, o papai do Bernardo teve que adiantar 3 semanas a passagem aérea para participar do nascimento do
filhão, o Bernardo estava previsto para nascer até o dia 23/06.
Bernardo, quando recém nascido, NÃO demorou para acertar a pega da
amamentação, contei com a ajuda da minha querida amiga e consultora em
amamentação Erika, que é a madrinha dele juntamente com o Felipe. Mas
perdeu peso, teve cólicas, prisão de ventre, trocou o dia pela noite milhões de
vezes me deixando de cabelos em pé!!!!!
Em agosto, comemorou dois meses. Começamos a passear
mais, Bernardo começou a conhecer o mundo: de dentro do carrinho, sorria ao ver
minha mãe pegar os óculos de sol e a chave do carro, olhava o céu para ver o
piu-piu que tanto o vô Dito ensinou e que o apresentava todos os dias no café da
manhã para os tais amiguinhos.
Virou fã da Galinha Pintadinha, acredite se quiser mas desde do seus 2 meses de idade, ele assiste a Galinha e fica vidrado na TV...
As noites de sono ainda NÃO melhoraram, pelo menos de 2 em 2 horas o Be acorda para mamar sem
interrupções e sem atraso, como o bom costume inglês, o de nunca se atrasar!
Em setembro, meu bebê completou três meses. Tornou-se
mais esperto, expressivo, brincalhão. AMA passear de carro (além de rir, começou a
agitar os bracinhos e as perninhas quando vê vó Pilar pegar a chave do carro e
os óculos de sol). Saímos quase todos os dias!
Em outubro, Acabaram as cólicas. Bernardo ganhou centímetros e gramas
acima da média. É indescritível a satisfação de vê-lo crescer exclusivamente com
o alimento que sai do meu corpo.
Depois, sofreu com nascimento dos dentes, e como sofreu e sofre ainda...
Coitadinho!!!!
Vocês ainda podem me perguntar como aguentei tudo
isso? Eu nem sei como eu aguentei. Mas, te digo com
toda a satisfação, passei e passaria por tudo isto novamente. Só sei que não
foi fácil, ainda mais porque optei, por ficar em período integral e me dedicar
a somente a ele, assim ouvindo o meu
coração e os meus instintos, pelo hard way da
maternidade.
O que significa colo, peito, atenção, dedicação em período
integral, sem limitações. Sem babá e sem escolinha até os 12 meses. Ansiedade de separação, falta de
apetite, sono picado, até terror noturno ele já passou, mas sempre juntos! Falo
para ele assim: Perto, juntos e pra sempre! É o nosso lema.
Hoje, Bernardo mama como um bezerro. E ganha
peso de forma impressonante. Do segundo para o terceiro mês, engordou 1.7 kg!
Ele mama quando quer, onde quer e quantas vezes quiser. Sou defensora da “livre
demanda”, e ignoro palpites de que ele pode ficar “mal acostumado”. O pediatra
do Bernardo diz que não se trata apenas de fome: o bebê mama também quando
sente sede, dor, insegurança, medo … Enfim, jamais se deve negar o peito ao
filho. Amamentar é instintivo, é natural; acima de tudo, é confortar, é amar o bebê,
pois Amar é Amamentar!
Dia 08 de Junho, meu filho completou 1 ano de vida. Já é um hominho! Dá
gargalhadas, segura brinquedos, anda, tem 9 dentinhos e emite sons variados
(“é”, “á”, “gu”, “igui/ agu” “au, au, au” são os mais repetidos).
O que vem
pela frente? Ainda não sei! E não vejo a hora de descobrir… Não vejo a hora de
acompanhar o seu desenvolvimento, de vivenciar as suas descobertas, de
reaprender a ver a vida com os seus olhos e de um jeitinho mais colorido.
Como todas as pessoas, temos dias bons e dias ruins. Erramos e
acertamos. E, acima de tudo,colhemos
o que plantamos. Aliás, essa última regra é
especialmente válida na maternidade. Nossos filhos são, em grande parte, frutos
das nossas escolhas, da nossa criação.
O
Bernardo de hoje, é alegre, saudável, disposto, simpático. Não nos dá um pingo
de trabalho para comer ( somente quando está
pra nascer o dentinho ele faz greve de fome, e ai eu fico doida!), tomar banho
ou dormir. Um menino maravilhoso. Milagre? Não. Sorte? Muito menos.
Pensa
que foi moleza? Que nada… A amamentação em livre demanda me privou de uma única
noite bem dormida até hoje… Além disso, toda a necessidade de sucção do pequeno
era suprida só no peito. Em períodos críticos, Bernardo grudava nas tetas e
delas não se soltava para nada! As vezes passava ali horas e horas grudado!
Hoje
eu brinco com isso, mas na época o negócio foi feio… Afinal, não sou
masoquista, não sou “super mulher”. Usei e abusei da ajuda do marido, dos avós,
dos tios do Bernardo. Só que, em muitos momentos, a mãe era insubstituível. Não
tinha papo… Ele somente queria a mim, e só a mim.
Por
isso, me estressei, fiquei exausta, surgiram olheiras permanentes, tive dias de
zumbi, sofri por não pintar meus cabelos, dor nas costas, comi refeições frias ( e ainda como). Ninguém fala que ter um bebê
é fácil, mas eu também não imaginava que fosse tão difícil e tão exaustiva!
Falo que é uma doação enorme, nós nos doamos 24 horas, vivemos ao redor daquela
criaturinha tão pequeninha, mas com um poder enorme de mudança.
E como tudo na vida tem seu lado positivo e negativo, o lado bom da nossa história é: meu bebê
sempre me presenteia com sorrisos, olhares apaixonados, gargalhadas
deliciosas, etc. Isso acabava por compensar o lado ruim, e que me faz me apaixonar cada vez mais por ele.
De
qualquer forma, o fato é que consegui superar as fases difíceis, sem desistir
de ser a mãe que eu decidi ser. A mãe que atende o bebê a cada choro, que
adotou o quarto compartilhado e até a cama compartilhada até hoje, que se
levantou a cada chamado, que deu peito e deu colo a cada pedido.
Fiz
tudo isso simplesmente porque achei que era o que eu deveria fazer como mãe.
E também porque decidi que Bernardo merece ter a melhor mãe que eu puder ser.
Sei
que minhas atitudes, bem como as do meu marido (um verdadeiro paizão!),
passaram toda a segurança necessária para que Bernardo se desenvolvesse bem,
seguro e auto confiante.
Babo
mesmo, me orgulho mesmo e me derreto toda quando falo do meu filho. Meu menino é demais!
E ai de quem me disser que tivemos a “sorte” de ter um filho assim… Não
acredito em sorte na criação de filhos. Acredito em preparação, dedicação, na
lei da causa e do efeito.
Enfim, eu sei que muitas outras fases virão, que
ainda terei que percorrer muito chão na criação do meu filho. Fases difíceis,
complicadas, e também fases alegres, deliciosas. Ser mãe não é exatamente isso?
E eu adoro ser mãe, especialmente do
meu Bernardo!
Para mim, ser mãe é isso… É estar presente, dar segurança e atenção,
experimentar o melhor cansaço e a maior alegria, vê-lo acordar, brincar,
aprender e crescer a cada dia, todos os dias.
Te amo meu filho!!!!! Feliz aniversário.... Rumo ao segundo ano!!!!!
Mamãe